De 18 a 21 de maio teremos a Semana da Luta Antimanicomial,celebrada oficialmente em todo país no dia 18 de maio.
O Centro de Convivência e Oficinas Integradas está coordenando junto com outros serviços da Rede de Saúde Mental de Niterói uma semana de atividades pela cidade com o objetivo de ampliar a visibilidade desta data e desta luta! A construção de um atendimento digno às pessoas com transtorno mental ainda não está concluída, é cotidiana e todos são responsáveis pela sua força e resistência.
Como não poderia ser diferente, o Fórum de Trabalhadores estará presente nessas atividades e convoca todos a estarem junto conosco nesta semana. Estamos vivendo um momento importante na Saúde Mental de Niterói e são muitas as transformações que ocorreram como efeito de nossa mobilização e força! Ao mesmo tempo, nos mantemos discutindo e temos a certeza de que ainda são necessárias mudanças fundamentais e ações concretas da Gestão para que conquistemos efeitos reais da construção de uma rede de saúde mental pública e de qualidade, construída nos termos do SUS e da Reforma Psiquiátrica. Só assim serão garantidos a dignidade, os direitos fundamentais e as condições básicas de trabalho a nós trabalhadores, única forma de promover uma assistência humanizada e de qualidade aos usuários.
Estaremos presentes na Semana de Psicologia da UFF em três mesas de debates fundamentais para nossa Rede. (programação abaixo)
Na quarta feira, dia 20 de maio, faremos uma grande caminhada a partir das 16 horas da Praça São João até as barcas. Em mãos, teremos nossa carta manifesto para distribuirmos e dialogarmos com a população. Iremos nos fazer presentes novamente nas ruas da cidade, dessa vez, esclarecendo a situação em que nos encontramos atualmente e os caminhos que estamos percorrendo para manutenção da luta.
Juntos podemos mais!!!
Abaixo, a programação da nossa semana:
Dia 18 de maio – 2ª feira
Horário - 9 horas
Local - Jardim da UTAP ou na Praia de Charitas
Atividade - Sarau e Café da Manhã
Horário – 14 horas
Local: UFF – Campus Gragoatá – Bloco O, 2º andar, Auditorio
Atividade: Mesa de Abertura da VIII Semana de Psicologia da UFF
Mesa: Luta antimanicomial em movimento: 18 de maio em Niterói
Integrantes - Professor Francisco Leonel (UFF) - Mediador
- Raldo Bonifácio Costa e filho (UTAP)
- João Moraes (CAPS Herbert de Souza)
- Rafael Lazari e João Paulo Garcia (Fórum dos Trabalhadores em Saúde Mental de Niterói)
- Wellington Marinho (AUFA) Associação dos Usuários, Familiares e Amigos da Saúde Mental de Niterói)
Horário - 17 horas
Local – Teatro da UFF
Atividades
- Apresentação de grupo do Teatro do oprimido
- Show de Música
Dia 19 de maio – 3ª feira
Horário: 13 horas
Local: Campo de futebol do Largo da Batalha
Atividades:
- Torneio de Futsal UNIAO DA REDE
Dia 20 de maio – 4ª feira
Horário - 15 horas
Local: Jardim São João
Atividades:
- Aquecimento – Jogos Corporais e Teatrais – CAPS AD
- Teatro de rua (CAPS Casa do Largo e CAPS Herbert de Souza)
- Grupo de flauta
- Grande Caminhada pela Rede de Saúde Mental que queremos e estamos construindo : “Semana da Luta Antimanicomial? Tem que ser de luta mesmo”
Fórum de Trabalhadores + Rede de Saúde Mental
Horário : 18 às 20 horas
Local: UFF – Bloco P sala 408
Atividade – VIII Semana de Psicologia da UFF
Mesa: Com o hospital e no território: uma reflexão sobre a construção e desenvolvimento da rede de Saúde Mental de Niterói
Participantes:
Renata Monteiro – Professora adjunta da UFF – Mediadora
Francisco Leonel – Professor da UFF – Supervisor Programa AD de Niterói
Eduardo Rocha – Departamento de Ensino e Pesquisa
Maria Alice Bastos – Articuladora da Rede de Saúde Mental
Descrição: A Semana de Psicologia da UFF será comemorada, este ano, na semana em que, tradicionalmente, temos, ao longo das últimas décadas, comemorado o dia da Luta Antimanicomial. O 18 de maio diz respeito a uma data na qual um importante encontro de trabalhadores de saúde mental foi realizado e simboliza um conjunto de discussões, eventos, lutas e avanços referentes ao que hoje é nomeado como Reforma Psiquiátrica, uma reformulação do modelo de atenção à Saúde Mental, no qual o foco do tratamento foi transferido do hospital psiquiátrico para uma rede de dispositivos de atenção psicossocial localizados no território. A implementação da Reforma no Brasil se deu de maneira diferenciada a partir dos contextos nas quais ela foi ocorrendo, dependendo das condições e limites locais, mas de maneira geral, a promulgação da lei 10.216 de 2001 foi o marco definitivo para tal marcha. Acompanhando este movimento, Niterói também teve o início dos anos 2000 como um momento de virada no que diz respeito ao trabalho ligado à Saúde Mental com a implementação de diversos dispositivos, notadamente os CAPS, assim como serviços a estes ligados, promovendo uma mudança na lógica assistencial da cidade. Passados 15 anos, acreditamos ser importante uma avaliação sobre os avanços alcançados e os desafios ainda a serem alcançados no município de Niterói. Por isso, propomos este espaço de discussão na Universidade, pois esta, no contexto da cidade, se fez presente nesse processo desde seu início até os dias atuais. Para esta discussão, teremos como eixos norteadores a discussão entorno do lugar do hospital e do trabalho no território. Seriam eles propostas excludentes?
Dia 21 de maio – 5ª feira
Horário: 16 horas
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer
Atividades:
Exposição de fotos e textos
Oficina de brincadeiras
DJ Matheus Marins
Projeção de Imagens
Roda de samba (às 19 horas)
Horário: 18 às 20 horas
Local: UFF Campus Gragoatá – Bloco N sala 210
Atividade: Semana de Psicologia da UFF
Mesa - Século XXI: ainda formação em manicômios?
Participantes:
- Ana Adler - Coordenadora Territorial da Residência Integrada de Saúde Mental da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Mestranda pela Fiocruz.
- Beatriz Adura Martins – Militante do Movimento Antimanicomial, Supervisora Clinico-Institucional da Secretaria Municipal de Saúde [RJ]. Doutoranda pela Psicologia da UFF.
- Williana Louzada - Doutoranda pela UFF e trabalhadora de saúde mental.
- Mediação: Danichi Mizoguchi - professor do Departamento de Psicologia da UFF
Descrição: No Brasil foi aprovada a partir de 2001 uma Lei que passa a exigir que a internação psiquiátrica seja utilizada somente quando acabar os recursos extra-hospitalares. A mesma Lei indica os tipos de internação que são possíveis e passa a regular as mesmas. A partir dela diversas portarias e notas regulatórias se apresentam para legitimar e instituir o que passou-se a chamar de Reforma Psiquiátrica brasileira. As ações na cidade, os serviços da rede que substituirão os Hospitais Psiquiátricos, suas equipes e seus funcionamentos passam a ganhar legitimidade e superar a própria Lei que os garantem, deste modo pode-se afirmar que o país tem uma política pública que visa a extinção progressiva dos leitos em hospitais psiquiátricos. Neste contexto pergunta-se: para que continuar formando dentro desses equipamentos fadados ao fim? O que são ações extra-hospitalares? Pode a formação, as/os estudantes e residentes provocarem o contexto já estabelecido?
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